Setembro Amarelo - A Importância da Informação e da Ajuda
Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ocorre no mês de setembro, desde 2014, por meio de identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informações.
O suicidio é um assunto que geralmente as pessoas evitam constrangidas ou desconfortaveis com histórias que nao compreendem e por isso temem, Outras tantas tiveram conhecimento de alguma ocorrencia de suicidio seja com pessoas distantes ou mesmo familiares diretos.
As reações ao assunto costumam ser de medo, vergonha ou mesmo constrangimento diante muitas vezes de historias veladas ou pouco compreendidas em relação aos motivos que levaram as pessoas a autoagressão máxima que é retirar suas próprias vidas.
Também reações de culpa sao comuns e todas descnecessárias porque abordar esse assunto nao tem sido pratica comum alías o dialogo sobre os pensamentos e sentimentos tem sido cada vez mais raro em nossa sociedade.
Certa vez uma amiga disse-me que em todos os anos da vida dela nunca tinha conversado sobre tantos assuntos e de modo tao aprofundado e detalhado como eram nossas conversas mesmo em conversas que ela tinha com amigas intimas de muitos e muitos anos de amizade. Ela comentou comigo que pouco ela interagia com a amiga sobre detalhes de como ela se sentia. E aqui toco em pontos cruciais na prevenção do suicidio: comunicação e interesse em escutar e ajudar o outro a buscar ajuda médica e psicologica.
Esse pontos atravessam o desconhecimento da soicedade sobre o tema. E ainda há muito a se fazer nessa direção. Desconhecimento também da própria formação médica pois é sabido que grande parte das pessoas que cometeram suicidio estiveram em um serviço de saude com queixas outras na maioria fisicas ou queixas imprecisas difusas que nao a franca e aberta intenção de suicidar , com queixas outras veladas sob o fundo do pensamento de autoexterminio provavelmente abafadas por um ritmo de trabalho que achata a observação e o dialogo.
Mas vamos às perguntas:
1 – Quais são as doenças mentais mais propensas ao Suicídio?
Muitas vezes o suicidio surge no curso de uma doença grave como a depressão grave em que o paciente está mergulhado em pensamentos pessimistas sobre a falta de esperança em sair do estado máximo de sensação de solidão e autocomiseração. Em alguns desses casos existem sintomas psicoticos como alucinações auditivas de autodepreciação "voce nao merece viver, deve se matar". Outras vezes o suicidio surge no contexto de uma intensa angustia ou ansiedade, irritabilidade com grande dificuldade de lidar com os obstaculos e dificukdades pelas quais a pessoa está passando como situações de doenças graves , incapacitantes ou situações de falencia, endividamento para os quais a pessoa nao vislumbra esperança de se desvencilhar.
Outros grupos de risco sao os idosos e adolescentes. Os primeiros especialmente quando deprimidos diante das limitações fisicas, doenças, perda de entes queridos veem -se sem perspectivas ou redes sociais de apoio e por isso o pensamento suicida começa a tomar espaço em suas vidas. Já os adolescentes por sua impulsividade e ainda pequeno repertorio para lidar com as frustrações muitas vezes podem em decorrencia de atos impulsivos e por vezes abuso de substancias lidarem com termino de relacionamentos ou mesmo outras circunstanicas de vida cometerem tentattivas de suicidio.
Pessoas com transntorno bipolar também sao de alto risco para o suicidio especialmente quando em fases depressivas ou maniacas mais graves preveniveis com tratamento adequado.
Pacinetes com esquizofrenia precisam ser avaliados quanto a depressao concomitante e como frenqtentemete tais pacientes podem ter certa inibição ou dificuldade de expressao dos seus afetos, sem a devida atenção e cuidado no dialogo a familia e seu medico podem nao avaliar corretamento esse risco.
2 - Quais os sinais frequentes e para que devemos nos atentar?
Devemos estar atentos ao surgimento de discurso novo e persistentemente pessimista com conteudo de desesperança e ideias de morte, comportamento retraido, isolamento social, insonia persistente, perda do interesse nas atividades que antes a pessoa tinha interesse e prazer, choro frequente ou irritabilidade facil buscando avaliação médica e psicologica.
Pessoas que começam a se desfazer dos bens ou mesmo dizer que a vida está perdendo sentido merecem nossa atenção.
Caso uma pessoa escreva carta suicida merecem cuidado médico rapido.
Pessoas que abusem de medicamentos ou requentemente intoxiquem-se com alcool ou outras substancias também merecem avaliação medica e psicologica o mais rapido possivel.
3 – Quando devemos nos preocupar?
Quando notamos uma mudança significativa no comportamento usual da pessoa.
4 – Como ajudar?
Buscando uma aproximação empatica sem ter a pretensao de que a pessoa é uma doente e sim compreendendo o adoecimento emocional como uma condição comum e humana que precisa de atenção, carinho e tratamento integral médico e psicologico.
Muitas vezes amigos e certos familiares sao mais empaticos e estrategicos no dialogo de modo a sensibilizar a pessoa a aceitar ajuda.
Dra. Tânia de Abreu Carvalho
CRM 104951
Psiquiatra
Médica de Família & Comunidade
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