Ministério da Saúde defende nova forma de cuidar do paciente renal crônico
O coordenador-geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin, explicou, em audiência pública na Câmara dos Deputados, que a Portaria 389/14, publicada em março de 2014, mudou a forma de cuidar do paciente renal crônico no Brasil. Segundo ele, o cuidado não está sendo mais pautado especificamente para a hemodiálise. "Agora o cuidado se ampliou para a pessoa que ainda não tem necessidade de hemodiálise, na fase pré-dialítica que a gente chama, e também aos que estão em hemodiálise, podendo ter oferta de outros serviços e não apenas a hemodiálise, na máquina de diálise, mas também a diálise peritoneal".
Fogolin disse, ainda, que essa política pública implementada no ano passado possibilita uma formação profissional permanente aos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) ao especializá-los no cuidado à pessoa com doença renal crônica.
Para o presidente da Associação dos Renais e Transplantados do Estado do Rio de Janeiro, Gilson Nascimento da Silva, a portaria é muito bonita no papel. No entanto, acredita que faltou um pacto efetivo do Ministério da Saúde com os estados e um bom planejamento de implementação da política pública. "Acho que tem que partir do ministério uma conversa séria com os atores envolvidos, para que a gente possa realmente avançar. Não adianta só estar no papel, isso tem que ser implementado, com base em uma construção. A construção de participação de todas as pessoas da sociedade nefrológica do Brasil".
Gilson afirmou, ainda, que o reuso dos dialisadores é uma prova de que a portaria não é implementada. O dialisador é um instrumento utilizado durante a filtragem do sangue. Segundo ele, desde que a portaria foi publicada foi dado um ano para que os dialisadores não fossem mais reutilizados, o que não acontece. O deputado Mandetta pediu a Fogolin que apresentasse à comissão o que precisa ser feito para que a portaria seja totalmente implementada. Segundo o deputado, isso dará condições para que o colegiado saiba de que maneira a comissão pode atuar.
Na opinião do parlamentar, o número de pacientes renais vai explodir nos próximos dez anos. “Vai ser um aumento absurdo do número de renais crônicos que vão precisar de máquinas de transplante. Que ele traga qual é proposta, porque se for achar bom o que está fazendo, então estamos todos em um barco muito furado".
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 100 mil pessoas fazem diálise no Brasil e existem 750 unidades cadastradas no país, sendo 35 apenas na cidade de São Paulo. Existem três modalidades de tratamento da doença renal crônica: a hemodiálise, a diálise peritoneal e o transplante de renal. A principal diferença entre os dois primeiros procedimentos é que a diálise peritoneal pode ser feita em casa.
Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/486825-MINISTERIO-DA-SAUDE-DEFENDE-NOVA-FORMA-DE-CUIDAR-DO-PACIENTE-RENAL-CRONICO.html
__________________________________________________________________________________________________
PÓS-GRADUAÇÃO EM NEFROLOGIA
CLIQUE, ABAIXO, NO CURSO DE SEU INTERESSE, PARA SABER MAIS SOBRE ELE
MAIS INFORMAÇÕES:
(44) 3123-6000 ou (44) 98813-1364 (WhatsApp)